Às vezes fico assim meio sei lá...estava com mil ideias pra escrever, mas de repente PUFF, escapoliu tudo da minha mente!
Mas o que sei é que sou uma coletânea...uma compilação de dados passados e repassados, que de uma forma meio mágica, interfere na minha vida, nas minhas escolhas e no meu modo de ser.
Mas queria mesmo é lembrar de um poema belíssimo de vinicius, o bom e velho poetinha que eu amo. Segue o texto:
Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Uma belíssima poesia, fico tentando imaginar, Vinicius, todo humilde, pedindo perdão por estar amando, e de repente...lindo mesmo não é...
Como minha inspiração voou, apoderei-me de Vinicius, a quem peço perdão por amar tão displicentemente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTA, VAI... QUERO SABER SUA OPINIÃO!!!